quinta-feira, 29 de maio de 2008

Nós

Quando acredito estar livre, vêm esses nós.
Quando penso que em outras coisas tantas me encontro,
vêm esses nós,
eles e nós.
Que ironico e engraçado,
estamos bem, porém sós...
Arrastam-se os ponteiros e distante já se vê
quão desiguais são as vezes em que
em tais nós me abriguei
e tanto faz,
se ao longo de todas essas horas
não encontro sequer uma palavra oferecida a me atender,
uma navalha que me deixe por um fio
da estupidez anexada à minha garganta,
da intensidade que há muito sou escravo,
da força sobre-humana desses nós
que vêm, que vão e que em sós nos configuram.
Ditam regras em um jogo sobre um grande tabuleiro,
Em que somos meras peças, a mão esculpidas,
enraizadas em pensamentos.
Mais uma vez aprisionados somos nós,
pela incontrolável força desses nós,
que agora arrancam nossa voz e cantam
uma antiga canção de amor
sobre o mar,
sobre o céu,
sobre nós.

Cleiton Oliveira

6 comentários:

♪♫ cissalv disse...

Aí, hien! atacando de poeta hehe ... pq nao colocas uma musica no festival da fearg esse ano? bjos

Marcos Chaves (Markus Chaves) disse...

Que bonito! Que analogia! És um poeta e eu não sabia! Hehehe!! Parabéns pelo novo blog! Atualize bastante!! Abração!!!

Lu Bendati disse...

Por indicação do Marquito vim aqui conhecer o blog. Muito bom esse primeiro post! Parabéns, muito prazer e atualize sempre, virei prestigiar!

Júnior Puccinelli disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Júnior Puccinelli disse...

Dá-lhe Cleitão...

Já to musicando isso!!!

auhauihaiuhauiahuiahuiaha

Ficou muito bom!!!

Lu Bendati disse...

opa!
permissão concedida!
valeu! vou colocar teu link lá tb, quem sabe assim tu atualiza mais! hahaha...
viu? foi dar a mão, a loira já tá se abusando, rssss